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Condições precárias no Samu de Sidrolândia motivam investigação do MP

Falta de ambulâncias, higiene inadequada e ausência de alimentação colocam profissionais e pacientes em risco

04/07/2025 às 16h58
Por: Redação
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Condições precárias no Samu de Sidrolândia motivam investigação do MP

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou um inquérito civil para investigar as condições de funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Sidrolândia. A apuração, conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça, foi motivada por denúncias que apontam falhas graves na estrutura da unidade, afetando tanto os profissionais quanto a população atendida.

A iniciativa teve como base um auto de constatação elaborado após visita técnica realizada em março deste ano. O documento revela deficiências estruturais, sanitárias e operacionais que comprometem diretamente a qualidade do serviço prestado.

Durante a diligência, foi constatado que apenas uma das duas ambulâncias está em funcionamento. A outra encontra-se fora de operação há três meses devido a problemas no ar-condicionado, janelas emperradas e danos visíveis. A única ambulância ativa não recebe lavagem externa há meses, conforme os relatos colhidos.

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Na parte administrativa, os problemas também são evidentes. A sala é pequena, mal ventilada e inadequada para descanso, especialmente em dias de chuva. O dormitório apresenta móveis antigos, cama com estrutura danificada e oferece pouco conforto. Já o banheiro coletivo tem acúmulo de água que escorre para o corredor, prejudicando o uso dos chuveiros por todos os funcionários.

A situação dos materiais de proteção e higiene é crítica. Estão em falta itens como álcool, água oxigenada, esfregões e baldes em bom estado. Também não há local apropriado para o descarte de resíduos biológicos, o que faz com que, em alguns casos, sangue e dejetos escorram pela rua em frente à base do Samu. Os profissionais ainda relatam a ausência de uniformes reservas e a inexistência de espaço para higienização dos utilizados durante o plantão.

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Outro ponto destacado pela promotoria é a falta de alimentação para os servidores. Mesmo durante plantões de 24 horas, não há fornecimento de café da manhã, almoço ou jantar, obrigando os profissionais a custearem suas refeições.

A promotora Janeli Basso, responsável pelo procedimento, afirmou que as falhas atingem direitos fundamentais e exigem apuração rigorosa. O MP já solicitou informações à Prefeitura de Sidrolândia sobre capacitação dos servidores, fornecimento de alimentação e medidas previstas para resolver os problemas detectados. Foi estabelecido prazo de dez dias úteis para que o Executivo municipal e o Hospital Elmíria Silvério Barbosa apresentem documentos, justificativas e comprovações.

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